Sobre escrever

Escrever, desde que me entendo por gente, sempre foi a minha salvação para tudo. Nunca pensei que seria a minha salvação de mim mesma, mas hoje percebo que sim. Eu escrevo e quem tem coragem de ler, vai por conta própria e auto risco. Talvez seja uma adrenalina gostosa. Talvez seja a mesma adrenalina que sinto quando meus dedos tocam cada letra desse teclado desgastado, e vou formando frases de formas aleatórias, que no fim, fazem todo o sentido.
Escrever é uma espécie de salvação para a alma. Uma espécie de poder especial para qualquer coisa. Eu escrevo e pronto. Está ali: parido, construído, nem sempre lindo, mas meu. Mais um filho. Mais uma cria que jogo para quem tem coragem de me seguir.
Escrever é a personificação de deus ou de um poder superior em minha vida, em minhas veias, em minha mente. Parece que o tempo para. Parece que não escuto mais som algum, a não ser das teclas sendo surradas, e das palavras sendo montadas, uma por uma, fio por fio.
Escrever é procurar compreender, é procurar se personificar em letras, é reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último momento todo e qualquer sentimento que esteja perdido, vago ou sufocando. Escrever é também salvar uma vida que não era para ser salva.

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