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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Viva, se der.

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Você quer fazer tudo ao mesmo tempo e percebe que não faz nada direito. Tudo fica pela metade, mal feito e sem graça. Para um pouco! Sério! Vai na valsa. Senta e observa. Olha ao seu redor. Presta atenção nas pessoas. Já pensou em quantos sorrisos deixou passar por estar com pressa? Já pensou em quantas coisas perdeu por não conseguir se focar em uma? A vida é curta, mas nem tão curta assim. Da para ficar um dia sem fazer nada. Da para ler um livro. Da para escutar um amigo, um desconhecido, você mesmo. Nascer não é tão simples como pensamentos. Existir é uma complexidade rara e você foi contemplado. Por que não aproveitar? Por que não se lançar na vida de forma menos dolorosa? Distribua um sorriso por dia. Plante um abraço por hora. Reconheça as pessoas. Cuida de ir atrás dos seus objetivos, mas com calma. Faça ao menos uma coisa direito. Você é cheio de sonhos. Quem não é? Para de tentar fazer o almoço, varrer a casa, dar banho no menino e escrever um romance ao mesmo te

Uma dose de loucura pra viver.

Suponho que não há mais sanidade no mundo. O que nos diferencia dos verdadeiros loucos é o pouco do senso do ridículo e consciência que ainda nos resta. Fora isso, somos todos iguais. Farinha do mesmo saco. Ser feliz, ter dinheiro e uma boa casa para morar é o sonho de qualquer pessoa. Ora, quem não gostaria de viver com conforto e sem estresses e tristeza? Ser feliz é fazer o que gosta, ter paciência com os filhos e se cansar de tanto trabalhar, mas perceber que além de necessário, é oportunidade de conhecimento e utilidade. Ser feliz é sair em um domingo, sentar perto da praia e observar a água batendo na areia. Ser feliz é sair com os amigos, passear com os pais e comprar besteiras. Ser feliz é ser um pouco louco, também. Se atrasar para um compromisso, sentir preguiça e fazer as coisas de última hora, para sentir um pouco de adrenalina no sangue. Há quem diga que louco é quem se arrisca demais, não se preocupa o suficiente, tem momentos extremos de raiva e chora compulsivamente

Santa Nostalgia!

Chegamos ao limite do mundo. Não sei onde estaremos daqui a alguns anos. A tecnologia tem acabado com a verdadeira esperança. Ando sentindo falta de coisas antigas, mesmo sendo tão nova. Nasci na época errada. Devo ter uns 40 anos, pra falar a verdade. Me contento em ser feliz com as minhas pequenas coisas e ao mesmo tempo sou tão atual. Tão avançada. Nunca estou no presente propriamente dito. Fico com um pé no passado e outro no futuro. O meio termo nunca me interessou, mas é bom ficar num impasse de vez em quando. Sou a espera de mim mesma. Continuarei sentada, escrevendo e sendo. Ser não é um crime. Em relação ao resto, vocês tecnológicos que se entendam. Se programem de forma certa, por favor. Essa coisa de querer acabar com os livros tem me tirado a paz. COMO É QUE É? Tirem logo a minha liberdade. Tenho medo de dormir e acordar em outro mundo. Que infelicidade seria perder minhas coisinhas. Que triste seria não ser eu. Outro dia sonhei com o mundo. Outro dia criei a vida. Resol

Clarice

Clarice voltava para casa claramente cansada de tanto andar, andar, andar e não achar um lugar que lhe transmitisse paz. Já não esperava que o telefone tocasse e a pessoa do outro lado da linha lhe falasse a notícia tão esperada que mudaria seu dia. Estava assim: completamente frustrada. Como se nada pudesse piorar, começou a chover e logo muitas pessoas corriam freneticamente procurando uma abrigo, deixando-a completamente perdida em um lugar que conhecia bem. Já não aguentava tanta confusão. Sentiu uma enorme vontade de gritar, até que de repente o tempo pareceu parar e a deixou petrificada no meio de pessoas apressadas, chuva agressiva e sua própria confusão. Esse era o momento de ter um pouco de paz. Sentou-se em um único banco seco e começou a observar todas as expressões vazias, frias, igualmente cansadas também. Desligou o telefone desistindo do telefonema, da pessoa, da notícia.Agora tudo estava muito incerto e ela não queria mais nada. Só queria ficar ali. Invisível. Insensív
Estou aqui. Minha cabeça nem tanto, mas estou de corpo presente. Fico olhando para a tela do computador durante horas e nada. Nada quer sair, apesar de ter tanta coisa que precisa ser dita. Começo a ficar agoniada com esse vício de ter-e-não-conseguir-escrever, entende? Parece que os pensamentos estão tão acumulados e bagunçados, que mal conseguem  se mexer e muito menos querem sair. Já não produzo tanto quanto antes e nem se quer consegui chegar à glória do êxtase, do estado de graça. Tenho vontade de pegar todos esses pensamentos e sortear ao menos um para ser alguma coisa. Tenho vontade de fotografar minhas loucuras, minhas saudades, meus encantos, meus medos. Queria ficar olhando pra eles por horas. Queria poder mostrar o que passa em mim e o que sou, de fato. Aqui estou eu. Estou cansada, sonolenta, um pouco sem paciência, meio desligada. Ora presto atenção em tudo, ora esqueço até quem sou. Isso não é idade e nem doença. Isso é coisa de gente que voa demais, de gente que pensa