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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Bagunça

Às vezes comparo a nossa bagunça emocional e mental com um quarto bem desarrumado, daqueles que ao entrarmos sentimos desconforto, mas mesmo assim não temos coragem de sentar e arrumar. É mais fácil deixar ali e se acostumar com as coisas fora do lugar, algumas estragadas, outras bem posicionadas. Mas aí chega aquele dia  inevitável, o de arrumar o quarto, separar os papéis velhos, lixos que ficaram acumulados embaixo da cama, juntar algumas roupas que ficaram jogadas num canto qualquer.   Ao entrar no quarto você já vai querendo desistir, pensando que poderia fazer alguma coisa melhor, e pior, percebe que vai levar horas para arrumar e provavelmente alguns minutos para bagunçar tudo de novo. "Tudo bem" você pensa, coloca música pra ver se ajuda, começa a cantar junto e quando se toca, já está dançando com a vassoura. Até que não está sendo tão ruim assim, duro mesmo vai ser na hora de separar os papéis, principalmente quando você pensa que tudo tem valor e que vai precisar

Eu te amo, só que não.

Hoje é preciso ter muito cuidado com o famoso e tão esperado "eu te amo", que parece ter se tornado a moda do momento. Você conhece alguém e fica fascinada pelas qualidades e pelo de interesse que ele passa. Em alguns meses já está mais do que encantada e pronta pra falar, mas não tem coragem. Não sabe se vai ser bem recebido, se vai ser estranho. Melhor esperar. Vocês saem para jantar e conversa vai, conversa vem, você escuta "Eu te amo". O QUE? Será que foi isso mesmo que você ouviu? O coração começa a querer sair pela boca, a respiração fica mais difícil, as mãos tremem e você nem pensa duas vezes e fala: "TAMBÉM TE AMO". Mas acontece que ele estava contando uma história e no meio disso tinha um "eu te amo" que foi dito por alguém.V ocê se toca e fica confusa, vermelha, quer sair correndo, se enfiar em algum beco e nunca mais olhar na cara dele. É, minha cara, você deu um fora daqueles. Ele, por sua vez, tenta não demonstrar que está nervoso
Que a vida é cheia de emoções, eu sei. Sei também que é preciso saber perder algumas e lutar para vencer outras. Nem sempre será fácil. Nem sempre vão sorrir para você e nem sempre vão querer o seu bem, mas você precisa ser mais forte do que isso. Você precisa ignorar toda essa energia negativa e ser mais alegre, tomar um banho de chuva, observar o por do sol às vezes e desfrutar da própria companhia. Isso não é egoísmo, mas sim amor próprio. Amamos toda hora. Há quem ame cinco pessoas em menos de cinco dias. Há quem ame uma pessoa durante toda a vida. Há quem não ame ninguém e você precisa entender isso. Eu já entendi. Vou cuidar dos meus sentimentos e você, por favor, cuide do seu. Vai, tenta cuidar dos seus objetivos, dos seus sonhos, dos seus amores, família e amigos e deixa que eu continuo cuidando do meu. Vou errar, você vai errar, todos vão errar. Se alguém chegar até você e falar que nunca errou ou que nunca se arrependeu de nada, é um m entiroso dos maiores. Eu me arrependo de

Uma mente (quase) torturada - Parte 1

Para não comprometer a minha sanidade como pessoa real, decidi criar uma excelente personagem que viverá os meus devaneios mais bonitos e estranhos. Existe uma linha tênue entre fantasia (ficção) e realidade. Por isso o quase entre parênteses. Nem tudo que será falado aqui tem a ver com quem realmente sou. Todos tem um lado fantasioso fértil e o meu não fica atrás. Portanto, não há tanto o que temer pela sanidade da pobre escritora (eu) e comportamento duvidoso (possivelmente instável). Vamos começar. Por motivos fortes, até, escolhi Clarice para ser o nome da minha criatura. Vou apresentá-la com o tempo. Bicho como ela não deve ser decifrado de uma vez (até mesmo porque ainda não sei exatamente como a pequena é). Pode ser fruto da minha fantasia, mas é mais real do que você, que está sentado e lendo esse rodeio todo. Está começando a ficar cansado? Ora, não seja mole. Prometo que em alguma linha terá algo interessante. Alguns pontos importantes sobre a nossa menina: Clarice é pequena

Diferente x normal

Certa vez você disse que o meu jeito diferente que me fazia ser interessante. Não me acho interessante e nem acho que tenho um jeito diferente. Ora, sou tão normal. Gosto de livros, de cinema, de sorrir, escrevo um pouco e imagino bastante. Até as pessoas que gostam de parecer "fúteis" são assim. Na pior das hipóteses, gostam de filmes e livros que se encontram no mesmo nível. Gostam daqueles filmes que você só tem coragem de assistir se estiver com muitos amigos, para poder ter graça . Os livros, então, lástimas, mas não podemos julgar o livro pela capa e nem pelo autor e muito menos pelo leitor. Afinal, gosto é uma coisa muito individual e se eu começar a falar sobre isso, vai dar briga e eu nem tenho mais paciência para isso tipo de coisa. Depois, você veio com aquela conversa de que tomo muito café e de que isso é coisa de velho. Aproveitou para falar que eu escuto muita música antiga. Só faltou dizer para eu escutar sertanejo. Tudo contra, mas respeito. Melhor que não m

O amor e seus sintomas.

Olha, eu não sou de ficar puxando assunto com ninguém, mas gostaria de saber como anda sua vida. Seus olhos estão meio inchados, gostaria de saber se andou chorando e o motivo, sabe? Não que eu vá conseguir te ajudar. Não que eu vá resolver seus problemas, só que às vezes é bom falar. Às vezes é bom perder a postura de feliz e admitir que nem tudo está bem. Não vou te analisar, até porque ainda nem aprendi a fazer isso direito. Só quero mesmo saber se esse olhar vazio é de tristeza ou de pura distração. Você nem se quer tomou o refrigerante. Nesse tempo que estamos aqui, o gelo já derreteu e o gosto deve ta péssimo. Voltando ao assunto, eu não sou de me meter na vida de ninguém e muito menos faço do tipo que diz que entende, só que não ta entendendo nada. Se eu entender, vou falar. Se eu não entender, vou pedir desculpas e perceber que teria sido melhor não ter tocando no assunto. Também não gosto de tocar em assuntos. Prefiro que eles venham até mim, mas nesse caso, preciso cutucar po