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Escrevia sobre amor como e para ninguém

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Em algum ponto da vida, escrevia sobre o amor como ninguém. Desde pequena, naqueles pedaços de papéis rabiscados, escrevia coisas aleatórias que exalavam a beleza que via em amar alguém ou alguma coisa. Costumava amar de tudo um pouco. Animais, pessoas, cores, sons, sombras. Sempre que lia ou achava que lia, me apaixonada pela fonte de todas as palavras impressas, pelo mistério do livro novo que parecia não ter pressa. E eu não tinha pressa. Não corria , não me preocupava. Chorava ao sentir o sentido das palavras, mas nunca por outra coisa. Então, mais tarde, ao começar a enxergar as coisas do mundo com um ar de malícia, percebi que o amor ia além da imaginação de uma menina, além das representações poéticas dos filmes que quase sempre procuram representar a carência existencial e interna do outro. Escrevia sobre amor como ninguém, até o dia que passei a vê-lo por outros ângulos, por entre os becos, por entre as arestas mal lapidadas que estão em todas as partes. A parti