Sobre escrever - parte 2

Preciso escrever. O problema é que minhas palavras andam azedas demais. Não me sinto azeda. Estou apenas cansada. Gosto de pontuações. Gosto de um tempo para respirar. Já corri demais. Perdi alguns quilos de tanto que corri para chegar até aqui.
Ando sorrindo bastante. Ando alegre o bastante. Não entendo o motivo de minhas palavras andarem tão azedas. Meu inconsciente deve estar exausto. Pensa tanto. Pensa e não faz nada. Pensa e não escreve. Pensa e não se levanta.
Estou jogada na cama hoje. Feriado chato, gente esquisita. Seria um bom dia para um banho de chuva. Um bom dia para fotografar o pôr do sol.
Aprendi o básico da fotografia. Preciso exercitar. Ainda não consegui fotografar nenhum devaneio.
Ando sentindo saudade. Ando com saudade de terras desconhecidas.
Ando, ando, ando. Corro um pouco e volto a andar.
Escrevo sobre as pessoas. Escrevo sobre mim mesma. Escrevo sobre qualquer coisa que eu achar que valha uma palavra, uma vírgula.
Nunca parei para me importar se tudo isso faz sentido. Nem tudo precisa fazer.
Já parei para ler todas aquelas coisas de horóscopos e tentei acreditar que minha vida seguia aquelas linhas místicas que eram postas em palavras, planetas, números e cores. Bobagem, pensei depois de um tempo, mas acho incrível a semelhança de características minhas com as que leio em jornais, sites e revistas. Escrever é isso também. Não acreditar em algumas coisas, mas ter que aceitar as semelhanças que cada palavra e cada frase se encaixa em sua vida. Escrever é viver. E eu preciso viver, logo, preciso voltar a escrever.


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