Vem aquela vontade de colocar tudo dentro de uma bolsa e sair por aí procurando alguma coisa que me faça explodir de curiosidade. O desconhecido sempre me atraiu. O tédio invade as minhas tardes e noites que passo acordada. Já não produzo como antes e passei a ter férias a partir do momento que não escrevi mais aqui. Acontece que a cabeça nunca está boa para escrever. Acontece que as palavras ficam presas em uma espécie de pote de maionese que limpei para guardá-las. Não sei mais nem quem sou. Só sei que continuo com os mesmos e intensos sentimentos de antes, moro no mesmo apartamento com uma bela vista para uma parede e pretendo ter algum animal de estimação para me acompanhar nos dias de solidão.
Sentei para ler alguma coisa e me peguei com essa necessidade enorme de vomitar palavras. O meu corpo não reage da mesma forma e o vômito não vem. Dentro de mim existem muitas pessoas, mas acho que elas estão com medo de falar.
Saudade é como dia nublado, frio e com ameaça de chuva. Mas saudade também é tempestade que destrói lares e vidas. Começo a entender que tudo realmente tem dois lados e que devo levar em consideração os dois antes de tomar uma decisão.
Começo a sentir um cansaço que está querendo me matar. Não vou sair hoje. Não quero ver pessoas.
Vou fechar a janela, ligar o ar, colocar algum filme e acompanhar a triste caminhada das horas até amanhã.
Tchau

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